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Fabio Frasson

Fabio Frasson
Bacharel em Comunicação Social, Pós-graduado em Marketing e Pós-graduado em Administração Hoteleira

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ressaca Eleitoral

Amigos leitores, antes de lerem o artigo que aqui trago a vocês, peço que leiam o post anterior, entitulado "A Esperança Morreu". Assim conseguirão compreender melhor o que tenho a dizer.

Logo após as eleições que reelegeram Lula em 2006, passei alguns dias sem conseguir escrever coisa alguma. O aborrecimento e a frustração entorpeciam minha consciência. Até que em 12/12/06 reuni algumas palavras para reerguer minhas convicções e continuar acreditando no futuro.

Hoje, tenho muitos daqueles sentimentos misturados. Por isso, resolvi postar a vocês aquele artigo, reafirmando cada palavra como se fosse hoje.

Um grande abraço a todos.
Ainda anestesiado pela infeliz demonstração de conivência à hipocrisia, selada pelas urnas no último dia 29 de outubro, recomeço aqui a minha luta por uma sociedade mais justa e, principalmente, mais verdadeira.  Penso que já há muito tempo merecemos uma política sem “politicagem”, uma administração pública sem jogo de interesses pessoais e partidários. E cabe a cada um de nós uma parcela importante desta tarefa, para que o país possa realmente crescer para todos, e não apenas em discursos demagógicos.

Impressionou-me, sobremaneira, a indignação expressada hoje por muitos dos eleitores que ajudaram a reeleger o presidente Luís Inácio Lula da Silva, que admitira nesta segunda-feira (11/12/06) ter mudado suas convicções políticas, afirmando estar distante da “esquerda” que sempre fizera parte de sua vida.

Que o marketing pessoal e as palavras mudaram, disso ninguém tinha dúvidas. Mas o sentimento demonstrado pelo eleitorado é de traição. Parece-lhes que os discursos de outrora figuraram apenas como eleitoreiros e que o poder cega, fascina, alucina, domina e acovarda. Como diria o próprio presidente “nunca, na história desse país,” uma figura pública postou-se de forma tão avessa a si mesma.

Penso que ser de “direita” ou de “esquerda” pouco importa se as atitudes forem dignas do que se espera de um legítimo representante. E infelizmente, não foi isso que presenciamos ao longo dos últimos quatro anos. Mentiras, promessas descabidas e obviamente não cumpridas, abuso de poder, palavras ao vento, explosão de enriquecimento (no mínimo) suspeito, corrupção pra todo lado, uma verdadeira lição de como utilizar o poder em proveito próprio. Uma realidade velada pela propaganda estrategicamente elaborada de projetos sociais que pouco podem fazer pela nossa gente. É claro que para quem mal consegue juntar uns poucos tostões, trabalhando de sol a sol, qualquer real a mais representa muito. Mas daí a afirmar que milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza por obra de um “bolsa quase nada”...

Espero que a decepção dos eleitores possa contribuir para que a chama da consciência política faça de nosso país uma verdadeira nação, onde nossos filhos e os filhos de nossos filhos tenham orgulho de viver. Que a tão professada justiça social seja feita, não como vingança de uns contra os outros, mas realmente como forma de garantir a todos o acesso à moradia, saúde, educação, segurança, emprego e salário decentes, enfim... que a felicidade possa estar ao alcance de nossas escolhas. (Fabio Frasson, 12/12/06)

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