Seja Bem-Vindo!

Fabio Frasson

Fabio Frasson
Bacharel em Comunicação Social, Pós-graduado em Marketing e Pós-graduado em Administração Hoteleira

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Justiça Social

O termo Justiça Social é, frequentemente, utilizado por nossos governantes e, principalmente, pelos candidatos aos cargos eletivos. Figura como um forte argumento à massa de eleitores, composta, em grande parte, por pessoas de baixa renda e/ou baixa escolaridade. Mas o que faz desta expressão algo tão poderoso? Consideremos alguns detalhes acerca de nossa sociedade:

Por razões históricas, vivemos sob o jugo da desigualdade; do homem sobre a mulher; do europeu sobre o latino; do branco sobre o negro; do capitalista sobre o operário; e tantos outros que, talvez, não coubessem nesta página.

Mas vejamos a questão capitalista.
Os negros, os índios e seus descententes recuperaram sua liberdade às margens da sociedade que se formara. Juntamente com outros tantos pobres e operários que surgiram ao longo da história, carregaram nos ombros e na memória as marcas da opressão, do tratamento desigual, da carência de condições dignas e de qualidade de vida.
A sociedade moderna e, supostamente, civilizada deixou para atrás o uso da força física, mas mantém as diferenças nas relações de poder, seja político, seja econômico.
Como se não bastasse, o Estado, instituição responsável por gerir recursos em prol do bem comum, não demonstra eficácia, visto estar constantemente permeado de pessoas que fazem do uso do poder e dinheiro público seu próprio bem maior.
Altos impostos, baixos salários, corrupção galopante, precariedade dos serviços públicos (destinados, principalmente, à população de baixa renda), reforçam o sentimento de opressão e criam a percepção de que o mal provém daqueles que detém o dinheiro e, consequentemente, o poder.
Esta idéia trata justiça como sinônimo de vingança, sendo a justiça social uma forma de compensação pelas desigualdades históricas às quais foram submetidos os mais pobres, e que pode ser obtida tirando daqueles que tem mais e distribuindo aos que menos tem. É como o princípio de Hobin Hood.
Mas seria esse o caminho para uma sociedade mais igualitária?

Tomás de Aquino já dizia que "a justiça consiste em dá a cada um o que lhe é devido", ou seja, o que lhe é de direito, o que faz jus por aquilo que é e por aquilo que realiza.

Sendo assim, seria correto dizer que a tal justiça social deveria ser encarada não como forma de compensação, mas como a criação de condições para que toda pessoa, seja pobre ou rica, seja negra, índia, amarela ou branca, seja homem, seja mulher, seja empresário, seja operário, possa ter aquilo que lhe é de direito,  a começar por condições dignas de moradia, saúde, emprego, educação, segurança e oportunidade de crescimento e geração de renda.   Lembrando que para isso não é preciso, nem tão pouco seria justo, tirar de uns para repassar aos outros, como tanto ouvimos apregoar os demagogos, reforçando cada vez mais as diferenças, a sensação de injustiça e o desejo de vingança.

Chega de bolsas, chega de cotas, chega de tratamentos preferenciais e desiguais como forma demagógica de estabelecer a igualdade! Precisamos fazer do Brasil um país verdadeiramente sério e justo. Precisamos de pessoas, em todas as esferas da sociedade, que compreendam e vivenciem o real sentido de justiça. Pense nisso!

Na hora de votar, por favor, por você e por todos nós, evite aqueles que já demonstraram não merecer a nossa confiança; diga não aos mentirosos de carteirinha; diga não aos corruptos e àqueles que são benevolentes com a corrupção. Lembre-se de que "fazer alguma coisa, todos fazem", pois essa é a garantia de que lá estarão por mais tempo e por mais vezes, usufruindo do poder e das regalias. Observe se para fazer algo, supostamente por nós, não foi feito muito mais por eles mesmos e por seus cumpanheiros. Veja quais os subterfúgios utilizados para garantir o poder, pois, afinal,

Quem faz qualquer coisa para governar, faz qualquer coisa, a qualquer um, em qualquer tempo, em qualquer lugar, por qualquer motivo, para SI MESMO!



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Voto Perdido

O que faz você decidir em quem votar?

O que faz você NÃO votar em alguém?

Penso que estas são 2 das mais importantes perguntas a serem respondidas antes do dia 03 de outubro.
Há quem prefira nem pensar. É mais fácil justificar o voto!
Há também o voto descrente, seja branco ou seja nulo.
Muitos votam em qualquer um: no "engraçado", no "bonitinho", no "famoso", no "da cidade", no "que não vai ganhar mesmo..."
Em tese, diríamos que é preciso analisar as propostas, o plano de governo de cada candidato para escolher com consciência, exercendo nossa cidadania e contribuindo com o processo democrático. Belas palavras, não?!

Mas será assim tão simples?
Será possível acreditar 100% nas palavras de alguém que quer nos convencer?
Se palavras o vento leva e papel aceita tudo, como fazer então?
Se essa fosse uma resposta fácil, teríamos governantes muito melhores!
Cabe a cada um buscar as suas verdades e tentar encontrar alguém em quem possa confiar, o que, às vezes, parece mais intuitivo do que argumentativo.
Porém, se o futuro a Deus pertence, ao menos o passado pode servir de base para analisarmos do que são capazes as pessoas que se colocam diante de nós.
Os tais planos de governo podem ser fictícios, mas o passado de cada candidato não.

Esta questão me faz lembrar uma conversa que tive há poucas horas com um colega.
Ao ouvir que eu NÃO votaria na Dilma, este colega afirmou que eu iria perder meu voto, pois ela iria ganhar.

Bem...., interrompi o papo com a certeza de que:

PERDERIA meu voto SIM, se votasse em alguém com o passado de Dilma Rousseff!

PERDERIA SIM, se votasse num partido como o PT: o maior exemplo de corrupção, cinismo, demagogia e hipocrisia da história deste país!

sábado, 28 de agosto de 2010

Bisbilhotagem Pública Criminosa

Esta semana estivemos diante de mais um triste episódio da política brasileira, mas que está longe e ser novidade. Estou falando da quebra de sigilo fiscal, supostamente de 140 pessoas, sendo algumas delas ligadas, por uma infeliz "coincidência", ao PSDB.

Curioso, não?

Só por acaso lembrei-me de um tal caseiro Francenildo Santos Costa, personagem marcante no escândalo do mensalão, cujas contas foram devassadas com o dedo de Antônio Palocci, então ministro do governo Lula.

Tivemos também o "dossiê dos aloprados", formulado contra José Serra (PSDB) na disputa ao governo de São Paulo em 2006, na intenção de ajudar a campanha de Aloísio Mercadante (PT) que, como Lula no mensalão, disse que não sabia de nada.

Em 2008, mais um dossiê: agora com os gastos do governo FHC. É claro que o governo Lula negou a itenção de chantagem contra o PSDB.

Já em 2010, foi a vez da quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.

Acredito que não seja necessário explicar.
Está cada vez mais claro que estamos diante de um ParTido que faz o que quer, independentemente de ética e moral.
Até quando vamos ter que aturar os desmandos dessa gente?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Minhas Convicções políticas

Há vários anos tenho sido bastante crítico ao PT e, principalmente, ao Lula. Nunca consegui me conformar com sua eleição e, muito menos, com a reeleição. Fui obrigado a "engolir" sua figura patética e cínica, mesmo contra a minha vontade. E temo que, por mais 4 ou (que Deus nos livre) 8 anos, tenha que ver Dilma Rousseff ocupando o mais alto posto político de nosso país.
Mas por que tanta indignação? Por que tanto desprezo? O que me faz olhar para essa gente com tanto asco?
Esta semana parei para fazer uma reflexão. Queria explicar a mim mesmo as minhas razões ou, ao menos, entender a origem de meu posicionamento político.
Lembrei de quando era garoto. Greve no INSS, greve nos bancos, greve nos correios, greve nos hospitais, greve dos professores... quantos problemas as greves geravam para a população que nada tinha a ver com aumento de salários e coisas do gênero. Isso quando ficava só na paralisação. E, de lá para cá, não foi muito diferente. Afinal, não é nada incomum esses movimentos de contestação acabarem em brigas, vidraças quebradas, carros danificados, pessoas machucadas e etc e tal. Ou seja, GREVE, no subconsciente, virou sinônimo de baderna, de coisa ruim, independentemente dos motivos serem ou não justificados.
E quem são os organizadores, responsáveis pelos movimentos? Os sindicatos.
E qual o partido mais associado à imagem dos sindicatos? O PT.
E qual a pessoa mais associada a esse partido? Luis Inácio Lula da Silva, o Lula.

Ainda quando garoto surgiu na mídia o tal Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que desde aquela época é apoiado claramente pelo PT. Não duvido que muitos integrantes do movimento sejam pessoas de bem, que não tiveram oportunidades na vida, que tem vontade e disposição para trabalhar e que só precisam de um pedaço de chão para recomeçar. Mas quem aparece e chama a atenção de todos são os arruaceiros, que olham para o restante da sociedade como inimigos, que tratam justiça social por vingança social, que agem como se os fins justificassem os meios, que invadem e destroem propriedade privada como um bando de bandidos armados e, depois, reclamam por serem assim tratados. Por esses e outros motivos, o subconsciente registrou uma imagem muito ruim associada ao MST.
E quem mais apoiou o MST durante esses 26 anos de existência? O PT.

Lembrei-me também de ter assistido a um comício do então candidato a presidência da república, Fernando Collor de Melo. Fui de curioso. Era muito garoto.
Naquela época, seu maior adversário era um homem de figura "tosca", mal vestido, cabelos e barbas mal cuidados, de voz caricata, que parecia não saber falar direito e que era o símbolo maior do sindicalismo. Aquele que já estava gravado na memória... ligado às greves, ao MST e as coisas ruins... 
Não parecia possível que anos depois aquele sujeito pudesse se tornar presidente do Brasil.
Mas ele aprendeu!
Aprendeu que o marketing é tudo, a começar pelo marketing pessoal.
Aprendeu que cuidar do visual ajudava a criar uma boa impressão.
Aprendeu que quando se comunica é preciso adequar a linguagem e seu conteúdo ao público ao qual se está comunicando.
Aprendeu a dizer o que e como o público quer ouvir: aos pobres, fala em fazer justiça social; aos operários, lembra de quando era sindicalista; aos empresários, fala em crescimento e em reforma tributária (nunca feita); aos banqueiros que tanto criticou e critica quando fala às massas, a benevolência; aos "cumpanheiros", não vi e não sei de nada; e assim por diante.
Aprendeu que, na política, o que mais importa não é o que é, mas o que parece ser. E assim vem conquistando cada dia mais a nossa frágil e carente sociedade com seu cinismo simpático, sua versão moderna da antiga política do "pão e circo", mesmo sem tê-la estudado, pois isso só teria acontecido no ensino médio, antigo 2º grau, o qual ele não cursou. Haja vista o bolsa-esmola (quer dizer, bolsa-família), com mais imagem que dinheiro; o Pac, com mais imagem que obra; a CONQUISTA DA COPA 2014 e das OLIMPIADAS 2016, que Deus proteja os cofres públicos!

Bem... pelo que vimos, no governo, o PT deu enormes exemplos de que aprendeu a trabalhar: mensalão, dinheiro na cueca, dinheiro na meia, quebra criminosa de sigilo bancário, dossiês, etc etc etc, tudo acabando em pizza. E agora, está por um fio de eleger para Presidente uma ilustre desconhecida da população de bem, mas que está longe de ser uma "maria ninguém". Afinal, a ficha criminal que Dilma Vana Roussef Linhares tem não é para qualquer uma.

Ah... lembra da informação sobre marketing pessoal? Quem é que passou por uma cirurgia plástica no final de 2008, quando Lula já começava a dizer a quem quisesse ouvir que ela seria a sua candidata a sucessão? Isso que é planejamento estratégico!

Depois de tanto refletir, entendi o porquê de minhas convicções!



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Fazendo Política

Assim como quase todo brasileiro com alguma sanidade mental, vejo o horário eleitoral de forma cética. É quase impossível acreditar que as palavras proferidas por candidatos a qualquer cargo eletivo neste país sejam sinceras e totalmente desprovidas de interesses alheios aos anseios e às necessidades do nosso povo. Hipócritas e demagogos, muitos com anos e anos de vida pública, vestem a pele de cordeiro e colocam-se como guardiões da ética, da moral e da honestidade. Sabem que embora tenhamos televisão, jornal, revista, internet e muitas outras fontes de informação, para muitos faltam memória política e, sobretudo, interesse e discernimento sobre o assunto. E, por isso, abusam do direito de substituir o creme de barbear por óleo de peroba.
Não quero colocar toda a farinha no mesmo saco mas, infelizmente, são eles que resolvem agrupar-se, formando o que costumam chamar de bases políticas, coligações ou qualquer outra denominação que justifique os acordos que beneficiam mais aos seus do que aos nossos. E, no fim das contas, seja qual for a plantação, ou melhor, o partido, é o eleitor que acaba de saco cheio.
Mas será que não existem bons candidatos? Será que não existem pessoas comprometidas em desenvolver políticas sérias, em busca da melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade e não apenas dos seus grupos de interesse?
Apesar de serem como cabeça de bacalhau, eu acredito que existam sim. O difícil é encontrá-los!
Vamos imaginar a seguinte situação:
Uma pessoa comum, cidadão como eu e você, cansado de ver tanto descaso no meio político resolve candidatar-se a vereador, decidido a fazer diferente. É claro que, em alguns momentos, o ego e a vaidade o fazem imaginar como seria bom que os amigos e até os ainda desconhecidos o vissem como alguém importante, responsável por grandes projetos e obras. E mais: sabendo das regalias da vida pública, tem lá seus interesses também. Mas não é essa sua principal motivação. Ele quer mudar a realidade política de sua cidade.
Conhecido, querido, aparentemente bem intencionado, é eleito.
Orgulhoso, decide não compartilhar dos conchavos que sempre repudiou.
Porém, aos poucos começa a notar que, sozinho, suas propostas sequer vão para a pauta de votação. E se chegam lá, não há quorum ou simplesmente não consegue a aprovação.
Chateado, mas decidido a continuar lutando, começa a se unir a uns e outros, mesmo sem concordar muito com suas ideias, para conseguir apoio também aos seus projetos. E assim tudo começa a andar melhor.
Com o tempo, nosso ex-cidadão comum aprende a jogar o jogo político. Vota contra ou a favor não pela convicção mas pelos acordos e desacordos que podem garantir ou fazer desmoronar sua nova carreira, da qual já aprendeu a usufruir, com todas as regalias que conhecemos.
Aquele que não aprende a jogar esse jogo dificilmente chega a um segundo mandato, seja por falta de apoio para candidatar-se novamente, seja por não ter realizações a apresentar aos eleitores da próxima vez.
Duvida que seja assim?